Transfiguração

A matemática de Deus

A matemática é uma ciência que gera desconforto só de ouvir falar, muitos de nós não têm boa lembrança dos tempos de escola, se pudéssemos gostaríamos de eliminar ela da nossa vida, só que claro, isto não é possível.

Na verdade, a matemática está presente em nossa vida mais do que podemos imaginar, se eu lhe falar, que somos exímios matemáticos, que fazemos diariamente inúmeros cálculos matemáticos de forma precisa, e de maneira tão fácil que nem percebemos que estamos solucionando várias equações matemáticas, você acreditaria?

Pois bem, isto é uma verdade. Tudo começa quando acordamos e olhamos para o relógio, neste momento nosso cérebro já começa a solucionar uma gigantesca equação matemática, calculamos se estamos atrasados, se teremos tempo para tomar um banho, tomar café, quanto tempo irei perder no trânsito, e se vou conseguir realizar todas minhas tarefas programadas para este dia. E sim, você calculou tudo isso em questão de segundos, sem nem perceber.

Parabéns, você acabou de descobrir que é um ótimo matemático, mas eu tenho algo para lhe dizer, essa é a matemática fácil, conhecida também como matemática dos homens, a matemática da razão, onde sempre há um resultado lógico.

Hoje quero lhe apresentar uma outra matemática, a matemática que Deus utiliza, e que também está a nossa disposição, essa matemática, diferente da matemática dos homens, ela não está baseada na razão, mas sim na sua fé.

É isso mesmo, a matemática que Deus utiliza possui como fundamento a nossa fé, aquilo que acreditamos e nos deixamos conduzir.

Gosto muito de citar a passagem da multiplicação dos pães em João 6,1-13, especialmente os versículos 9, 12 e 13, onde fica claro como funciona a matemática de Deus.

No versículo 9, o mais importante na minha visão, os apóstolos apresentam a Jesus um menino que possui 5 pães e 2 peixes.

9.“Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes… mas que é isto para tanta gente?”.

Aqui inicia a matemática de Deus, pois poderia o menino ter comido os pães, ter dividido apenas com seus amigos ou familiares que ali estavam, ou simplesmente ter fugido com os pães, mas não, ele se dispôs a oferecer a Deus o que tinha, mesmo sendo insuficiente aos olhos da matemática dos homens, afinal, o que é 5 pães e 2 peixes para uma multidão de milhares, mesmo assim o menino se dispôs a dividir o pouco que possuía.

Para que a matemática de Deus exista, é necessário que participamos dela, que sejamos a origem da equação, pois como já disse, sua origem é fé, a nossa fé.

Deus nos chama a partilhar aquilo que possuímos diariamente, várias vezes ao dia, mas como ainda somos homens de pouca fé, muitas vezes nem escutamos o chamado de Deus para que possamos partilhar, ou as vezes, ficamos com receio de ficar sem, ou de perder o pouco que temos.

Aí vem a melhor parte da passagem da multiplicação dos pães, que muitas vezes passa desapercebido, pois ficamos tão maravilhados com o milagre que não percebemos a melhor parte.

Continuando a passagem da multiplicação, nos versículos 12 e 13 Jesus nos mostra o resultado final da sua matemática.

12.Estando eles saciados, disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca”. 13.Eles os recolhe-ram e, dos pedaços dos cinco pães de cevada que sobraram, encheram doze cestos.

No versículo 12 vemos que todos comeram ao ponto de estarem saciados, e no versículo 13, Jesus nos mostra o que acontece com quem se deixa conduzir pela sua matemática, sobraram “apenas” 12 cestos cheios de pães, ou seja, muito, muito mais que os cinco pães iniciais, e agora eu lhe pergunto, de quem são estes 12 cestos cheios de pães? De Jesus? Dos apóstolos? Da multidão? Ou seria do menino que partilhou o pouco que tinha? Claro, que por direito, as sobras são do menino, pois ele é o dono dos cinco pães que Jesus multiplicou.

Assim Deus quer agir na minha e na sua vida, Ele quer que sejamos fonte da sua matemática, que possamos ser a origem da ajuda dos que mais precisam, que ofereçamos de coração o pouco ou muito que possuímos, para que ele possa multiplicar em nossas vidas.

Precisamos ter esta certeza em nosso coração, todas as vezes que somos chamados a participar da matemática de Deus, e que fazemos sem pensar em benefício próprio, Deus não nos deixará faltar nada, muito pelo contrário, no final, assim como o menino, teremos muito mais.

Provérbios 11, 24. Alguns repartem o que é seu e tornam-se mais ricos; outros poupam mais do que é justo e estão sempre na miséria.

Precisamos aprender a dividir, pois quem divide sempre tem.
Te convido hoje a ser uma fonte da matemática de Deus.

PAULO VILSON ENGELMANN – CONSAGRADO

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